Site: Vanderlei de Lima¹ |
Hoje, 04 de julho de 2019, Vanderlei Cordeiro de Lima, um dos maiores maratonistas da história do Brasil, completa 50 anos.
Nascido em Cruzeiro do Oeste, interior do estado do Paraná, Vanderlei Cordeiro de Lima tem um longo e vitorioso currículo, entre suas principais conquistas estão o bicampeonato dos Jogos Pan-americanos ( Winnipeg 1999 e Santo Domingo 2003) e as Maratonas de Hamburgo (2004), Tóquio (1996) e Reims (1994), nessa inclusive tem uma história curiosa, já que havia sido contratado para ser coelho na prova até o kn 20, mas se sentiu tão bem que acabou concluindo e vencendo a maratona.
Apesar de títulos tão grandiosos e importantes, foi nos Jogos Olímpicos de Atenas, 2004, que o Vanderlei teve a sua maior conquistas e ganhou também os holofotes do mundo inteiro.
Liderando a prova mais nobre dos Jogos Olímpicos até o km 35, ele acabou sendo agarrado e empurrado para fora da pista pelo ex-padre irlandês Cornelius Horan, tal atitude acabou tirando completamente sua concentração e os poucos segundos que tinha de vantagem sobre seus concorrentes acabou se dissipando.
Apesar desse infeliz episódio, que fez, inclusive, com que fosse então ultrapassado pelo italiano Stefano Baldini e pelo norte-americano Meb Keflezighi, Vanderlei deixou o seu espírito esportivo falar mais alto e com o seu tradicional “aviãozinho” e sob aplausos de um estádio lotado, cruzou a linha de chegada em 3º lugar, ganhando então a medalha de bronze.
A sua atitude em não ter abandonado a prova foi considerada tão nobre, que Vanderlei recebeu do Comitê Olímpico Internacional, a medalha Pierre de Coubertin, uma premiação única e especial “destinada a atletas que demonstram elevado grau de esportividade e espírito olímpico durante a disputa dos Jogos. A medalha não tem relação com o desempenho técnico do competidor, mas sim, com suas qualidades morais e éticas demonstradas durante situações difíceis ou inusitadas, acontecidas durante as disputas”¹.
Para se ter uma ideia do tamanho da honraria, a medalha de Pierre de Coubertin, até hoje, foi concedida a apenas 21 atletas, desses, 3 receberam título póstumo.
O reconhecimento pelos seus feitos e pelo seu espírito esportivo foram também motivos de torná-lo o responsável por acender a pira olímpica, no estádio do Maracanã, para a abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016.
A mim, corredor amador, só resta agradecer por tudo o que ele fez pelo esporte, por elevar ainda mais esse esporte que tanto amo e além de engrandecer nossa nação e parabenizá-lo por sua história, conquistas e pelos seus 50 anos.
Referências:
Nenhum comentário:
Postar um comentário