Espinafre e o doping

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Foto: Novo Dia Notícias*


Durante muitos anos o espinafre foi tido como um super alimento, por trazer inúmeros benefícios para a corrida, inclusive, já falamos sobre isso alguns meses atrás aqui no blog. Popeye estava certo, o espinafre realmente dá força extra, e até demais, tanto que hoje, essa força e benefícios começam a ser contestados e o espinafre pode entrar na lista dos alimentos proibidos no esporte.

O Instituto de Farmácia da Universidade Livre de Berlim, finalizou recentemente um estudo, no qual testaram e comprovaram que a substância ecdisterona, substância química presente no espinafre, afeta em demasia o desempenho físico.

Durante os estudos, que teve, inclusive, apoio da Wada (Agência Mundial Antidoping), 46 atletas foram testados durante 10 semanas, “alguns dos participantes receberam placebos e, outros, cápsulas de ecdisterona contendo o equivalente a até 4 quilos de espinafre cru por dia”¹ e o que foi percebido, é que os atletas que receberam as cápsulas de ecdisterona tiveram suas forças físicas aumentadas em até 3 vezes mais.

Esse aumento significativo, foi surpresa até mesmo para os pesquisadores, como afirma Maria Parr, do Instituto de Farmácia da Universidade de Berlim, em entrevista às emissoras ARD e ARTE "Nossa hipótese era de que veríamos um aumento no desempenho, mas não esperávamos que fosse tão grande"¹.

Através desse estudo, o Instituto recomendou a Wada que inclua a substância na lista de substâncias proibidas no esporte. Porém, apesar de todo esse esforço, tal atitude só deve ser tomada pela Wada “após uma investigação mais aprofundada sobre quanto o uso da ecdisterona é difundido no esporte profissional”¹.

Vale a pena lembra que os efeitos positivos do espinafre para a saúde continuam sendo absolutamente válidos, o que está em questão é o grande efeito positivo que ela, ou melhor, a substância nela presente, pode oferecer ao atleta, já que pode se caracterizar uma certa vantagem. Se isso vai acontecer ou não nos próximos meses ou anos, não sabemos. A nós, só resta aguardar os próximos capítulos. 

Turbine a corrida com pimenta

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Foto: Boa Forma*

Como todo bom baiano, sou apaixonado pela culinária baiana e suas iguarias e como bem sabemos, algo que não pode faltar na mesa ou na comida, é a pimenta. Você deve tá se perguntando: o que isso tem a ver com corrida de rua? Tudo, afinal, a pimenta é mais um dos temperos e alimentos que podem se tornar um grande aliado da corrida de rua.

As pimentas são ricas em capsaicina, substância química responsável pelo seu ardor, também presente no gengibre, “conhecida por acelerar o metabolismo através do seu estímulo às mitocôndrias, responsáveis pela geração de energia para as células”¹, contribuindo assim para uma melhora no rendimento físico, é o que afirma um estudo publicado no The Journal of Strength Conditioning Research¹. Durante esse estudo atletas fizeram corridas de 1500 metros, porém, antes ingeriram, em uma primeira fase, placebo e na segunda fase, 12 mg de capsaicina, tendo como resultado maior velocidade e menor percepção de esforço na segunda fase do teste.

Além de poder melhorar a capacidade física, “a capsaicina também tem ação analgésica, antioxidante, anti-inflamatória e anticâncer, além de ajudar a combater a obesidade. Acredita-se ainda que o seu consumo possa disponibilizar maior quantidade de glicogênio no fígado, um importante combustível para geração de energia, o que melhora parâmetros como força, resistência e percepção de fadiga”¹.

A pimenta, é um grande aliado na perda de peso, pois é um termogênico natural, pode acelerar o metabolismo em até 20%, fazendo assim com que a queima de calorias seja maior. Segundo alguns estudos, ela ajuda “também no aumento da oxidação de gorduras, da taxa metabólica basal e no controle do apetite. Há também evidências de que é possível reduzir em até 40% o colesterol total, o que é excelente para prevenir doenças do coração”².

A pimenta é ainda fonte de vitamina A, E, C, ácido fólico, zinco e potássio, além de piperina, composto que estimula a liberação de endorfina, promovendo consequentemente a sensação de bem-estar. Alguns estudo chegam a apontar “que quanto mais ardida a pimenta, mais endorfina é produzida”².

Pimenta é bom, para o paladar e para o organismo, mas com o acompanhamento nutricional a sua eficácia pode ser turbinada, procure um nutricionista e peço indicação da melhor forma e quantidades ideais para incluí-la em suas refeições.

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Referências:

*Foto: https://boaforma.abril.com.br/nutricao/coma-pimenta-e-gengibre-e-melhore-seu-rendimento-na-corrida/