Planilha de treinos, vale a pena?

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Foto: Blog da Talita*

Cada vez mais comum entre os corredores, as planilhas de treinos ainda estão longe de serem unanimidades e chega, inclusive, a surgir a dúvida entre algumas pessoas, principalmente iniciantes: vale a pena seguir uma planilha de treinos? E a resposta é bem simples, sim.

Apesar da resposta ser tão simples, ainda não é tão convincente para uma parcela de corredores, isso porque esses, acreditam que através dos treinos livres pode-se evoluir tão bem quanto com a planilha. De fato, isso pode acontecer, desde que o corredor tenha conhecimentos suficientes para por todos os tipos de treino em prática, respeite os limites, variações, aumento progressivo, distâncias e até mesmo os descansos.

A falta de uma planilha, implica geralmente em treinos não planejados, planejados de forma inadequada ou apenas em treinos contínuos e repetitivos, tendo assim uma menor evolução e, sem dúvidas, maiores riscos de lesões.

Um dos principais motivos de seguir uma planilha é o fato dela dosar “cada necessidade do corredor, fazendo assim com que o atleta não exceda o desgaste do organismo, se recupere adequadamente para as próximas sessões e evolua em seus treinamentos”¹.

Seguir uma planilha vai exigir de você determinação e disciplina, afinal precisará correr em dias exatos, fazer distâncias e tipos de treinos que muitas vezes não estamos tão dispostos, mas todo esse sacrifício é bem recompensado, com uma evolução mais rápida, e adequada, na corrida e nos resultados, além de um risco cada vez menor de lesão.

Apesar dos benefícios, é fundamental ter em mente que uma planilha de treinos não é uma receita de bolo, o que funciona para um corredor, pode não necessariamente funcionar para os outros, afinal, duas pessoas podem ter o mesmo objetivo, mas possuem fisiologia diferente, resistência diferente e até mesmo tempo de corrida diferente. Justamente por isso, a planilha deve ser feita sempre por um profissional qualificado, que realizará a mesma de acordo com as necessidades e metas estabelecidas, levando em consideração diversos aspectos individuais do atleta.

A planilha de treinos não é obrigatória para quem corre, mas pode ser uma ferramenta fundamental na busca pelos seus objetivos, e não apenas para corrida, mas em qualquer esporte.

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Referências:

Meias de corrida

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Foto: Ativo¹

Todos ou quase todos de nós, já ouvimos ou dissemos a velha frase que a vantagem de correr é que não se precisa de muitos ou quase nenhum recurso. Isso em partes é verdade, afinal podemos simplesmente calçar um tênis qualquer ou, ainda, como já vi alguns fazerem, correr descalços. Porém, se você deseja correr com certa frequência e busca uma melhora contínua, logo vai perceber que alguns itens passam a ser necessários, como tênis próprio para corrida, roupas adequadas e até mesmo meia, tudo isso, apesar de parecer pequenos detalhes, pode trazer ganhos positivos para corrida e até mesmo a saúde.

Muitas vezes vemos corredores com tênis de última geração e após um simples treino reclamar de bolhas e machucados, acontece que o problema muitas vezes não está no tênis e sim nas meias, algo que parece tão simples e, de certa forma, sem importância, mas a escolhas de meias corretas pode ser fundamental para a corrida.

Por ser confortável para uso no dia a dia as meias de algodão acabam sendo a primeira opção de muitas pessoas, principalmente iniciantes na corrida, mas esse é um dos piores tipos de matérias para a atividade. Isso porque o algodão é um tipo de material que “não absorve a umidade, deixando os pés literalmente em uma poça de suor, o que pode causar bolhas, calosidades, assaduras e pontos de atrito”².

O ideal, no entanto, é que as meias tenho nenhuma ou quase nenhuma composição de algodão, um dos materiais mais indicados para os corredores, é a poliamida, um tipo de material sintético que absorve o suor deixando os pés secos, tornando assim mais difícil de sofrer com o atrito e consequentemente evitando bolhas e calos.

Outros materiais sintéticos também são recomendados, como nylon, poliéster, elastano, lycra, dry-fit e até mesmo meias feitas com fibras de bambu, essas, além do poder de absorção, possuem “propriedades antimicrobianas, o que quer dizer que você não será praguejado pelo cheiro repugnante dos seus pés”².

Hoje, encontramos meias para todo os tipos e gostos, meias com cano alto, cano baixo, meias mais finas ou mais grossas, “invisíveis”, coloridas, personalizadas e por aí vai, com isso, algumas podem acabar sendo mais confortáveis ou adequadas para você do que outras, então experimente e encontre a ideal para você, se fizer uma boa pesquisa, é possível encontrar meias com valores bastante acessíveis.

Como todos sabemos, isso não é uma obrigação, podemos simplesmente pegar uma meia qualquer e sair para correr, ou nem usá-las, mas a utilização de meias próprias para a corrida pode ser determinante para uma ótima ou frustrante corrida. Pense bem e bons treinos.

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Referências
1 - https://www.ativo.com/experts/saiba-escolher-melhor-meia-para-corrida/

Vanderlei Cordeiro de Lima

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Site: Vanderlei de Lima¹

Hoje, 04 de julho de 2019, Vanderlei Cordeiro de Lima, um dos maiores maratonistas da história do Brasil, completa 50 anos.

Nascido em Cruzeiro do Oeste, interior do estado do Paraná, Vanderlei Cordeiro de Lima tem um longo e vitorioso currículo, entre suas principais conquistas estão o bicampeonato dos Jogos Pan-americanos ( Winnipeg 1999 e Santo Domingo 2003) e as Maratonas de Hamburgo (2004), Tóquio (1996) e Reims (1994), nessa inclusive tem uma história curiosa, já que havia sido contratado para ser coelho na prova até o kn 20, mas se sentiu tão bem que acabou concluindo e vencendo a maratona.

Apesar de títulos tão grandiosos e importantes, foi nos Jogos Olímpicos de Atenas, 2004, que o Vanderlei teve a sua maior conquistas e ganhou também os holofotes do mundo inteiro.

Liderando a prova mais nobre dos Jogos Olímpicos até o km 35, ele acabou sendo agarrado e empurrado para fora da pista pelo ex-padre irlandês Cornelius Horan, tal atitude acabou tirando completamente sua concentração e os poucos segundos que tinha de vantagem sobre seus concorrentes acabou se dissipando.

Apesar desse infeliz episódio, que fez, inclusive, com que fosse então ultrapassado pelo italiano Stefano Baldini e pelo norte-americano Meb Keflezighi, Vanderlei deixou o seu espírito esportivo falar mais alto e com o seu tradicional “aviãozinho” e sob aplausos de um estádio lotado, cruzou a linha de chegada em 3º lugar, ganhando então a medalha de bronze.

A sua atitude em não ter abandonado a prova foi considerada tão nobre, que Vanderlei recebeu do Comitê Olímpico Internacional, a medalha Pierre de Coubertin, uma premiação única e especial “destinada a atletas que demonstram elevado grau de esportividade e espírito olímpico durante a disputa dos Jogos. A medalha não tem relação com o desempenho técnico do competidor, mas sim, com suas qualidades morais e éticas demonstradas durante situações difíceis ou inusitadas, acontecidas durante as disputas”¹.

Para se ter uma ideia do tamanho da honraria, a medalha de Pierre de Coubertin, até hoje, foi concedida a apenas 21 atletas, desses, 3 receberam título póstumo.

O reconhecimento pelos seus feitos e pelo seu espírito esportivo foram também motivos de torná-lo o responsável por acender a pira olímpica, no estádio do Maracanã, para a abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

A mim, corredor amador, só resta agradecer por tudo o que ele fez pelo esporte, por elevar ainda mais esse esporte que tanto amo e além de engrandecer nossa nação e parabenizá-lo por sua história, conquistas e pelos seus 50 anos.

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Referências: