Uma experiência inesquecível

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Corro há pouco mais de 3 anos e há 2 faço parte da Equipe de Atletismo de Assis SEMEA, onde treinam atletas de diversas modalidades, inclusive paraolímpica. Nesse período, já passei por muitos desafios, como aumentar a distância, baixar o tempo, bater recordes pessoais, etc., mas na última semana passei por um desafio e experiência que jamais havia imaginado passar.

Fui convidado a participar dos Jogos Regionais em Marília (SP), no dia 10/07, mas com um detalhe, como guia de um atleta com deficiência visual. Aceitei então o desafio de guiar o Valdecir em uma prova de 5 Km.

Fizemos alguns treinos juntos, para que eu pudesse aprender todos os detalhes e regras necessárias e já nos primeiros treinos percebi que não seria nada fácil, em um dos momentos, devido a falta de experiência deixei a guia um pouco frouxa, com isso o Valdecir tropeçou em outro guia e quase caiu. Em tom de brincadeira, ele comentou comigo que iria pedir para o treinador mudar o guia (rsrs), mas continuamos juntos mesmo assim.

Fizemos mais treinamentos e aos poucos fomos melhorando o desempenho juntos. Na hora da prova, já estava mais seguro e fomos para a largada sincronizados física e mentalmente.

Para quem está de fora, parece que ser guia é apenas correr do lado, acompanhar o atleta, porém é mais do que isso, existem detalhes simples que podem fazer toda a diferença na corrida ou até na desclassificação do atleta, como não poder correr a frente do atleta, nem muito atrás para não comprometer o seu desempenho. Além disso, é necessário fazer um relato de toda a corrida, anunciando as curvas, as retas, para poder acelerar, a aproximação de outros atletas, tanto na frente quanto atrás e demais eventualidades durante o percurso.

Apesar da insegurança inicial, durante os treinos, conseguimos fazer a prova com excelência, executando tudo exatamente como treinamos e no final das contas, o resultado foi mais do que satisfatório, o Valdecir ficou em 1º lugar, alcançando, inclusive, o índice para os Jogos Abertos.

Essa foi uma grande e inesquecível experiência. Ser os olhos de alguém não é tão simples quanto parece, é necessária muita atenção, concentração e disposição, é necessário estar alerta a todo o tempo e colocar a outra pessoa na nossa frente, precisamos nos preocupar com nosso rendimento, nosso caminho, mas precisamos primeiramente pensar no atleta que estamos acompanhando, passar as informações corretas, ficar atento ao seu caminho e trajeto e evitar imprevistos.

Sou grato a Deus, por ter ocorrido tudo bem, pela grande experiência que vivi. Agradeço também ao Valdecir e a toda Equipe de Atletismo de Assis SEMEA, pela confiança e companheirismo.

Agora, que venham os próximos desafios!

Por Stive Rodrigues

Benefícios do iogurte

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Sucesso principalmente entra a criançada, o iogurte é um alimento milenar, consumido a milhares de anos e comercializado desde a década de 1900. O iogurte é rico em nutrientes, ótimo para o bom funcionamento do organismo e pode contribuir muito com as corridas.

Presente na dieta de muitos corredores ou até mesmo de pessoas que buscam uma alimentação mais saudável, o iogurte é geralmente consumido no pós treino, no café da manhã ou lanche da tarde e pode ser utilizado até mesmo em molho para saladas.

O iogurte é um alimento rico em proteínas e cálcio, importantes nutrientes para recuperação muscular e para a saúde óssea, respectivamente. Um copo de iogurte contém um terço da quantidade recomendada para ingestão diária de cálcio¹.

Ele é rico também “em vitamina D, um dos nutrientes mais estudados e relacionados com o impacto na saúde muscular. A deficiência da vitamina, além de diminuir a performance, pode predispor à fragilidade osteoarticular”².

Outro grande benefício, são os lactobacilos presentes no iogurte, pois “ajudam a manter seu intestino saudável. Estas boas bactérias podem ter poderes anti-inflamatórios que oferecem alívio para quem sofre com artrite”¹. Os lactobacilos “utilizam o açúcar do leite (lactose) para produzir energia e se proliferar e eliminam ácido láctico, substância que aumenta a acidez da flora intestinal e inibe a proliferação das bactérias nocivas. Os lactobacilos são resistentes ao ácido gástrico e à bile e, por isso, chegam ao intestino”³.

A atenção fica por conta da quantidade de açúcares presentes nos iogurtes. Dê sempre preferência para os que possuem menos ou nenhuma adição de açúcar, como os iogurtes naturais e desnatados, que possuem também menos gorduras e calorias. Os iogurtes grego, também são uma ótima pedida, pois possuem mais proteínas que os demais.

Apesar dos benefícios, vale sempre a pena lembrar, que o acompanhamento com um nutricionista é fundamental, tanto para auxiliar na melhor forma de ingestão, como na quantidade e melhor horário de comer, aliado ao objetivo individual.

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Retropé, mediopé ou antepé

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Foto: Science Running*

Durante muito tempo se discutiu sobre o tipo de pisada dos corredores (pronada, supina ou neutra), suas diferenças, vantagens e precauções para cada tipo. Hoje, a discussão vai um pouquinho além e trata também do padrão da pisada dos corredores.

O que define o padrão da pisada é parte o pé que toca primeiro no chão durante a passada e existem três tipos:

  • Retropé: Quando o pé toca o solo primeiro com o calcanhar;
  • Médiopé: Quando há um toque simultâneo entre a parte da frente e a parte de trás do pé;
  • Antepé: Quando a parte da frente é a primeira a tocar o solo.

Estudos recentes, feitos pela SPRunIG e divulgados na revista científica Physical Therapy in Sport¹, avaliaram 514 corredores e comprovaram que 95% deles possuem o padrão retropé, enquanto 4% o médiopé e apenas 1% o antepé².

Cada tipo de padrão causa respostas diferentes no aumento ou diminuição da força sobre as estruturas, além de mudanças na postura durante a corrida, assim, foi observado que “pessoas com padrão de pisada de retropé e médio-pé tendem a sofrer mais com fraturas por estresse na tíbia e no pé, assim como apresentam fascite plantar e dores nos joelhos com maior frequência. Já corredores que aterrizam com o antepé têm maior incidência de lesões como tendão de Aquiles e na panturrilha”².

Alguns fatores podem influenciar no padrão da pisada, como o tipo de tênis e até mesmo a velocidade durante a corrida. Embora algumas pessoas acreditem que o melhor padrão de pisada seja o antepé, cientificamente não foi possível comprovar que a mudança para esse tipo de padrão de pisada diminui os riscos de lesões, já que como visto acima, também pode gerar riscos para outras lesões.

Acredita-se porém, que os tipos de padrão pode ser mais vantajoso em uma situação do que em outra, “normalmente corridas mais lentas e em superfícies mais macias (areia, tênis com amortecimento) a preferência é de corredores de retropé. Corridas mais rápidas e em terrenos mais firmes (pista e rua) a predominância é de corredores de antepé. Os corredores de médiopé geralmente são encontrados em provas como as de ultramaratona, com terreno irregular e longa duração”³.

Com tudo isso, podemos perceber que independente do tipo ou padrão de pisada, todos estamos suscetíveis a lesões, a execução de exercícios adequados e a melhora na biomecânica da corrida se tornam ótimos aliados na diminuição desses riscos, para isso, a busca por um acompanhamento profissional se torna fundamental.

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Referências:
*Foto: http://www.sciencerunning.com/single-post/2016/03/30/Correr-com-o-antep%C3%A9mediop%C3%A9-ou-retrop%C3%A9
1 - http://sprunig.net/wp-content/uploads/Is-the-rearfoot-pattern-the-most-frequently-foot-strike-pattern-among-recreational-shod-distance-runners_2015.pdf
2 - https://www.ativo.com/corrida-de-rua/papo-de-corrida/qual-o-tipo-de-pisada-mais-comum/
3 - https://www.vaicorrendo.com/news/que-tipo-de-corredor-voce-e/
http://analuciamottarpg.com.br/retrope-ou-antepe-qual-o-padrao-adequado-para-corrida/
http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2016/07/com-antepe-ou-ponta-do-pe-os-riscos-e-diferencas-dos-tipos-de-aterrissagem.html