Da importância dos músculos para a corrida, ninguém questiona, porém, outras estruturas do nosso corpo, muitas vezes, não recebem a mesma atenção ou cuidado, como é o caso dos tendões.
Em todo o nosso corpo temos tendões, que possuem estruturas anatômicas e unem o músculo ao osso, tendo como principais funções, auxiliar no equilíbrio do corpo e no desenvolvimento dos movimentos, distribuindo adequadamente a força nos músculos.
O tendão de Aquiles, talvez o mais conhecido do corpo, é também o maior e mais forte dos tendões, além de ser o mais exigido durante as corridas. Quando exigidos em excesso, esses tendões podem sofre microlesões, que se “não for dado tempo de recuperação suficiente, o tendão não se restabelece na totalidade. Isto significa que, ao longo do tempo, os danos vão-se acumulando, degradando a qualidade do tecido e podendo dar origem à tendinopatia do tendão de Aquiles”¹.
Tênis inadequado, sobrepeso e postura errada durante a corrida, estão entre algumas das possíveis causas da lesão, porém, a causa mais comum é a sobrecarga, ou seja, o aumento brusco na intensidade dos treinos, tanto em relação a distância quanto em relação à velocidade.
“Inicialmente, há irritação do revestimento externo do tendão. Isso é chamado peri ou paratendinite. Em seguida pode acontecer a sua degeneração, tornando-o mais espesso. O tendão fica mais fraco e perde a sua força (tendinose), o que pode levar a uma ruptura completa ou parcial”².
Para evitar que a lesão chegue a tal ponto, fiquei de olho em alguns dos principais sintomas, como dores contínuas no local, que não desaparecem nem após o aquecimento e persiste ao realizar trotes ou até mesmo caminhada, dor ao direcionar o pé para cima, dor na apalpação, além disso, o local pode apresentar inchaço, rigidez, aumento de temperatura, etc.
Após diagnosticada, a tendinopatia do tendão de Aquiles é tratada com: redução das atividades, aplicação de gelo no local, anti-inflamatório, fisioterapia, exercícios de propriocepção, massagem e em casos mais graves, imobilização e cirurgia.
A fim de evitar o agravamento e até mesmo o surgimento da lesão, busque sempre ter atitudes preventivas, como: alongamento dos músculos e tendões, fortalecimento dos músculos, principalmente a panturrilha, uso de tênis adequado para a corrida e aumento gradativo da carga, o indicado é um aumento de no máximo 10% semanal.
Ficar atento aos sinais do corpo é algo fundamental, seja para um esportista ou para um não praticante de esportes. Por isso, nos primeiros sintomas busque o diagnóstico correto através de profissionais qualificados, isso garantirá um bom tratamento, recuperação e volta às atividades com mais rapidez e qualidade.
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Referências:
1 - http://www.correrporprazer.com/2012/09/tendinite-do-tendao-de-aquiles/
2 - http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/guia/tendinopatia-e-causada-pelo-excesso-de-uso-dos-tendoes-do-pe-e-tornozelo.html
http://www.clinicadeckers.com.br/html/orientacoes/ortopedia/049_lesao_tendao_aquiles.html
https://www.ativo.com/por-que-doi/tendinopatia-de-aquiles/
https://www.todamateria.com.br/tendao/
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