Aprendizados da corrida

Foto: Elite Vale*


Final de ano é tempo de reflexão e falando em reflexão, tem uma frase do Nelson Mandela que gosto muito, “Eu nunca perco. Ou eu ganho, ou aprendo!”. Acredito que essa frase se aplica em todos os âmbitos, pois de tudo tiramos aprendizados, que podemos aplicá-los facilmente nas diversas áreas da nossa vida. A corrida de rua não é uma exceção à regra, através dela podemos aprender, crescer e ser melhores, seja profissional ou pessoalmente.

Se observamos com atenção, perceberemos que existem muitas coisas que aplicamos na corrida ou que simplesmente vivenciamos com ela, que podemos levar como aprendizado para a vida.

Podemos começar com coisas mais fáceis de notarmos e, de certa forma, meio clichês, como a força de vontade e determinação que aplicamos para fazer os nossos treinos, muitas vezes feitos em horas atípicas e condições climáticas completamente adversas, coisas que são normais na corrida, mas que temos dificuldade de levar para outros campos da nossa vida.

Na corrida de rua aprendemos que sempre podemos tirar um pouquinho mais de nós mesmos, que mesmo quando pensamos que não dá mais, percebemos que dá sim, que as vezes quando as pernas parecem travar e o cansaço parece vencer, conseguimos correr com o coração e tirar um sprint final. A persistência e automotivação que empregamos em momentos como esses, é algo fundamental e se aplicada em outros lugares, podemos ter tanto sucesso quanto na corrida.

Na corrida aprendemos a comemorar coisas simples, como alguns segundos a menos num determinado percurso ou alguns metros a mais, uma nova companhia de corrida ou mais uma corrida no nosso calendário, conseguimos comemorar até mesmo o fato de fazer a mesma coisa de sempre. Enquanto isso, na vida temos dificuldade de agradecer as coisas simples que conquistamos no dia a dia e, geralmente, só damos valor aos grandes feitos.

Aprendemos a ser mais gentis, mais educados, mais sorridentes, aprendemos que somos todos diferentes e aprendemos a respeitar nossas diferenças. Precisamos, então, entender que assim como tempos, ritmos e gostos por corridas diferentes, também temos sonhos, habilidades, qualidades e dificuldades diferentes e não é isso que nos faz melhor ou pior do que ninguém.

Meio que sem querer, a corrida nos torna mais humanos, mais felizes, mais simples e tudo o que eu mais desejo é que esse espírito da corrida possa ser compartilhado e somado com o espírito natalino e com o espírito de final de ano. Que no balanço de fim de ano possamos perceber e aprender tudo o que a corrida pode nos ensinar, nas ruas ou fora delas.

Boas festas e boas corridas.
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*Foto: https://www.elitevale.com.br/materias/a-alma-de-um-corredor-de-rua/

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